segunda-feira, 6 de junho de 2011

Empresas têm mais vantagem em terceirizar serviços contábeis.


A manutenção de um departamento contábil dentro da empresa só se justifica se seu faturamento
anual estiver acima de R$ 50 milhões. Abaixo deste patamar é mais viável a contratação de serviços
contábeis. E quanto menor o tamanho da empresa, maior é a vantagem, afirma Mauro Terepins,
presidente da Terco Grant Thornton, empresa de auditoria e consultoria que está entre as seis maiores
do setor.
Esta é a conclusão que especialistas em auditoria chegaram ao analisar o excesso detarefas
burocráticas, as mudanças constantes de regras e os gastos elevados comprofissionais, fatores mais
que suficientes para que as pequenas empresas optem pela terceirização dos serviços de
contabilidade.
O custo para manter departamento de contabilidade interno é estimado em R$ 17 mil mensais entre
salários, encargos sociais e despesas operacionais para profissionais que atuariam na contabilidade,
departamento fiscal e na área de recursos humanos, exemplifica Didmar Duwe, Presidente do
Sindicato das Empresas Contábeis, de Auditoria e Pesquisa de Rondônia, citando quem para
terceirizar o trabalho, um bom escritório cobra em torno de R$ 2.500,00, isso levando em conta uma
empresa pequena, com cerca de dez funcionários e a emissão de mais ou menos cem notas fiscais
por mês.
Edison Arisa, coordenador-técnico do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e
sócio da PricewaterhouseCoopers lembra que em uma pequena empresa,normalmente não há tanto
trabalho para ocupar duas ou três pessoas todos os dias.
Além da vantagem econômica, Enory Luiz Spinelli, vice-presidente operacional do Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), lembra que os escritórios especializados têmconhecimento sedimentado
sobre as normas contábeis, pois devem acompanhar cada detalhe da legislação para poder atender
clientes de diversos segmentos. “A lei 11.638, de 2007, promoveu muitas mudanças na contabilidade,
o que demanda aperfeiçoamento profissional. Além disso, há todas as regras de implementação do
Sped Contábil e do SpedFiscal, que aumentam a responsabilidade e exige conhecimento do
contabilista”, afirma. Isso sem contar a adaptação da Legislação Societária às normas internacionais
de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standard).
Para Spinelli, também dono da Spinelli Contabilidade, de Porto Alegre, a profissão está numa fase de
transição, que exige aperfeiçoamento constante dos contabilistas. Esse ponto é indicado por Arisa, do
CFC, como fator contrário à contratação de pessoal próprio, já que a pequena empresa terá de gastar
com cursos e palestras para que a equipe mantenha-se atualizada. “Além disso”, diz Arisa, “se
contratar uma pessoa para toda a contabilidade, tem de ser um profissional gabaritado, que irá
requerer um salário alto”.
Fonte : EMRONDONIA -JORNAL ELETRÔNICO Autor : ALEXANDRE BADRA